terça-feira, 25 de dezembro de 2012

FILHO DAQUELA

Filho Daquela (Fabio Terra)

 
Frutos de amores pagos
De paixões compradas em esquinas sujas
Não me encham o saco
Não provoquem minha ira estúpida.

Acomodem em seus rabos
Todas as injúrias
Todas as suas verdades absolutas

Engulam a arrogância, suportem a consciência
E sejam apenas aquilo que a vida lhes deu
Apenas, Filhos da Puta.

quinta-feira, 20 de dezembro de 2012

THE END OF THE WORLD

The End of The World (Fabio Terra)

 
Que venha o fim do  mundo
Tão falso quanto um beijo sem paixão
Tão chato quanto transa sem tesão
Tão  rock quanto  o  Brasil

Que caiam raios e trovões
Que venha o fogo e as lições
Que aproveitemos as liquidações

Que exploda o  planeta
Mas devagar pra podermos assistir na televisão
Twittar e colocar  no  facebook,
Reclamando em português errado
Ignorantes, pretensiosos e tão  cheios de razão.

Que venha o  fim do mundo
Tão sem graça quanto  a minha geração

 

O VENTO DAS BOAS NOVAS #2

O Vento das Boas Novas #2 (Fábio Terra)

O vento das boas novas veio me avisar,
Soprando  os seus cabelos, descobrindo o seu olhar
mostrando  o seu rosto me fazendo acreditar,
Que tudo nesse  mundo, realmente pode mudar.

E eu estou sentado na varanda,
Com seu abraço e Deus pra me acalmar.


Noite escura, pra mim é como dia,
Não tenho certeza se todos os loucos são mesmo filhos de Deus,
Eu tomo uma aqui, eu   exagero por ali,
Mas, nunca sei aonde vou cair.

Estou sentado na varanda,
Com seus abraços  e Deus pra me ouvir.

Eu tenho as feições de um estúpido,
Entalhadas bem na minha cara,
Para esconder, meu jeito arrogante,
E não mostrar os meus temores.

 Estou sentado na varanda,
Gritando sozinho pra Deus pra tirar as minhas dores.

Como um surdo e insensível eu  andei  sem parar
Procurando desculpas, que ninguém podia me dar
Fiquei tão cansado, que nem o sol consegui enxergar,
E o vento que bateu no meu rosto não conseguiu me acordar.


 E estou sentado na varanda,
Com meus demônios e Deus pra me segurar.

segunda-feira, 10 de dezembro de 2012

A BOCA

A Boca (Fabio Terra)


Boca que come,
Que como com os olhos
Querendo os lábios
A me dar água na boca

Boca que beijo
Que quero morder
Querendo dos lábios
O sangue paixão

Boca que me abraça o falo
Que me excita
Que me deixa louco, entorpecido
E me faz emudecer.