quarta-feira, 13 de junho de 2007

BEIJANDO NA BOCA, O LIXO.

Beijando Na Boca, O Lixo (Fábio Terra)

Como poderá o animal que me habita
Cuja mágica forma, não explica,
Tal desenho nebuloso que sem prumo rabisca.

Beijando na boca o Lixo,
Voando alto sem me preocupar com o risco,
Com o tesão sempre promíscuo.

Mais forte que sentir medo
É o desejo de controlá-lo,
Expulsa-lo, de minha alma expurgá-lo

Beijando na boca o Lixo,
Voando alto sem me preocupar com o risco,
Com o tesão sempre ofensivo.

A esfera intacta de meu alento
Como numa noite de putas sem nomes
Procuro atento o orgulho que me engole
Sufocado pelo ar.

Beijando na boca o Lixo,
Voando alto sem me preocupar com o risco,
Com o tesão muitas vezes triste.

Minha vida é assim
Doida para você, necessitante para mim.

Beijando na boca o Lixo,
Voando alto sem me preocupar com o risco,
Com o tesão muitas vezes sem fim.

Um comentário:

Anônimo disse...

Definitivamente a obra de um Corvo.
A pedra??? Não o poema!!!
O lixo??? Não a poesia!!!
Um louco??? Sim Fábio Terra!!!
Beijos Cavaleiro;)