Beijando Na Boca, O Lixo (Fábio Terra)
Como poderá o animal que me habita
Cuja mágica forma, não explica,
Tal desenho nebuloso que sem prumo rabisca.
Beijando na boca o Lixo,
Voando alto sem me preocupar com o risco,
Com o tesão sempre promíscuo.
Mais forte que sentir medo
É o desejo de controlá-lo,
Expulsa-lo, de minha alma expurgá-lo
Beijando na boca o Lixo,
Voando alto sem me preocupar com o risco,
Com o tesão sempre ofensivo.
A esfera intacta de meu alento
Como numa noite de putas sem nomes
Procuro atento o orgulho que me engole
Sufocado pelo ar.
Beijando na boca o Lixo,
Voando alto sem me preocupar com o risco,
Com o tesão muitas vezes triste.
Minha vida é assim
Doida para você, necessitante para mim.
Beijando na boca o Lixo,
Voando alto sem me preocupar com o risco,
Com o tesão muitas vezes sem fim.
Um comentário:
Definitivamente a obra de um Corvo.
A pedra??? Não o poema!!!
O lixo??? Não a poesia!!!
Um louco??? Sim Fábio Terra!!!
Beijos Cavaleiro;)
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