quinta-feira, 5 de março de 2009

O BEIJO ENTALHADO. ( Soneto I )

O Beijo Entalhado ( Fabio Terra)

Entalho meu beijo no teu rosto
tão profundo quanto a carne possa suportar
Amarro o teu corpo com meu abraço
tão forte quanto a âncora da nau vida possa segurar.

Espeto o meu olhar desesperado em teus olhos
esperando uma lágrima amor do teu alvo rosto
Deixo meu hálito em teu dorso
Como, se por mim, pudesses gritar.

Arranco com meus caninos
um beijo dos teus lábios roxos,
me corto de amor por não poder mais suportar.

Penetro a lâmina fria no meu gélido estômago
onde as vísceras da minha paixão imploram,
o teu amor, o teu amor e nada mais.

5 comentários:

Anônimo disse...
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Anônimo disse...

Senti como quando li Noite na Taverda de Álvares de Azevedo, foi a mesma sensação de amor sombrio, amor proibido, amor findado...

Flávia Muniz Cirilo disse...

Eu li esse poema. Publicou no poema dia, né?
É bonito o soneto!


valeu

Cris Parron disse...

E aí Rockstar? Gostei muito do seu blog. Quanta inspiração por trás da sua cara de mal. Beijão Corvo, a gente se vê por aí.

BAR DO BARDO disse...

forte e meticuloso, um lirismo diferente...

- henrique pimenta