sexta-feira, 14 de janeiro de 2011

O AR.

O Ar (Fabio Terra)

E surge do alto, o ar
respiro fundo e prendo em meu peito,
de olhos fechados, desespero-me em flutuar.

E surge do alto, o ar
pego uma garrafa vazia, e com ele
encho ela até a boca,
sacudo ansiosamente e solto ele em vento.

E surge do alto, o ar
trazendo o teu perfume cheio de pimenta,
que me faz te querer violentamente.

5 comentários:

Ana Paula disse...

Eu consigo viver esta situação!
Parabéns novamente poeta!
Lindo!

Unknown disse...

i like it

luiz gustavo disse...

"...crocitar é o revérbero do corvo
recurvando-se sobre a carcaça
a corvejar o silêncio cotidiano..."

luiz gustavo disse...

"...de quase estorvo estuar
o último vôo ao troar
do corvo tão só..."

luiz gustavo disse...

"...tudo se esvai -
até a dor
deste poema..."