terça-feira, 8 de fevereiro de 2011

AI DE MIM.

Ai de Mim (Fabio Terra)

Ai de mim, que nunca tive dó
Ai de mim, que nunca tive dor
Ai de mim, que nunca tive cor
E também nunca tive amor

Ai de mim, que nunca tive beijo
Ai de mim, que nunca tive medo
Ai de mim, que nunca tive jeito
E também não tive segredo

Ai de mim, que nunca tive raiva
Ai de mim, que nunca tive gosto
Ai de mim, que nunca tive pena
E também nunca tive rosto

Ai de mim, que nunca tive sorte
Ai de mim, que nunca tive tudo
Ai de mim, que nunca tive benção
E também nunca tive o mundo.

3 comentários:

luiz gustavo disse...

"...um florvalhar de lótus
no céu sucumbido cintila
escarpas de guelras..."

luiz gustavo disse...

“...filigranas pétalas de mármore
vertem em pedras filiformes
meandros de metal...”

luiz gustavo disse...

"...poesia pássara pêssega
suave cigarra que se assigna
veludolorosa e se fragmonstra:

- univértebra univalve unívoca..."