quarta-feira, 10 de julho de 2013

CARTA PARA JULIETA

Carta Para Julieta  (Fabio Terra)

Tira-me qualquer coisa,
Menos o direito de te amar
Que é como se me tiraste o ar

Tira-me do  sério
Toda vez que olhos para seus olhos
De súbito brota a alegria.

Sua alegria agora um pouco  cansada
Assim como  os meus olhos
Assim como  a minha saudade


Queria que a Terra parasse
Para que em apenas um beijo me redimisse
Das outrora atitudes deste grosseiro que te ama

 
Seu  sorriso e seus olhos
Serão minha espada.
Para enfrentar a minha ignóbil e patética mediocridade

Eis que o  meu jeito involuído
Será extirpado de minha carne
E minha nau agressiva será coberta de amor

Tira-me qualquer coisa,
Menos o direito de te amar
Que é como se me tiraste o ar

Acredite cegamente,
Que o  homem rude também pode mudar
E por você, minha flor, pra que o grosseiro possa mudar
Basta o verdadeiro amor , e isso sobra-me.

 
Ah! Minha doce flor, não  tire de mim
Teu  sorriso e nem teu  abraço
Mesmo  que esse inverno seja mais frio

Tira-me qualquer coisa,
Menos o direito de te amar
Que é como se me tiraste o ar
E quem se ele eu  de súbito morreria