terça-feira, 17 de dezembro de 2019


A Queda (Fabio Terra)

Em um estalo inoportuno
Os olhos vêm o céu, Azul Manhã.
O corpo cai e não acredita
O abafado estampido mostra ao chão
O Vermelho Sangue do crânio partido.

Medos, pecados mal resolvidos,
E um choro entalado, fazem da cena
Um pequeno carnaval para quem é curioso,
Enquanto o corpo, ali sente a paralisia.

Sirenes ecoando distantes, provam ser música.
O corpo mexe, braços, pernas e coração
Os olhos vidrados indicam, medo, suspense
De um corpo com medo e bufão

Orgulho tão ferido quanto o crânio
Sutura-se a carne, mas não o espírito nem a alma
Que ainda lembrando do Céu Manhã
Manchado pelo sangue vivo,
nas minhas mãos e agora também os meus pesadelos.

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