Linho Branco (Fabio Terra)
Me visto com roupas limpas
para o meu sujo corpo não se revelar
Olho no espelho meu ego inflamado
onde o linho branco impecável
-esconde meu jeito pobre de amar.
Madrugada adentro me desprendo do jeito certo de andar
ouço palavras sujas, que acendem meu olhar curioso
Para o lado torto do porto, onde vento da maresia
de leve na noite, me lambe o rosto
-lembrando o meu jeito pobre de amar
Meu olhar inflamado sujo e disfarçado
pelo branco do linho cansado,
move minha vontade cretina de buscar um colo, um par.
-para o meu jeito pobre de amar
Ando sem cuidado com o olhar excitado
sujo por dentro por fora mal acabado
gritando por qualquer uma no bairro, exibindo meu linho branco impecável.
-e o meu jeito pobre de amar
Um comentário:
Não importa o jeito, sempre somos fadados ao amor...
Boa vista, Fábio!
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